quarta-feira, dezembro 27, 2006

Coroado Dixit

Numa entrevista ao Correio da Manhã, Jorge Coroado afirmou certas e determinadas coisas como por exemplo:

(nota: eu cortei partes da entrevista. Poucas e que não tinham interesse! :) )

– Conheceu casos concretos de corrupção na arbitragem?

– Directamente não. O que sempre notei foi uma enorme subserviência dos árbitros perante pessoas a quem reconheciam autoridade, para progredirem na carreira.

– Esse medo está relacionado com as classificações...

– Exactamente. A postura subserviente partia do próprio árbitro que na hora de decidir um lance encolhia--se. Vou dar-lhe um exemplo: há uns anos, num FC Porto-Benfica, aos 20 minutos de jogo, perante uma falta gravíssima do João Pinto, o árbitro fez de conta que nada viu. Pouco depois, encontro-o: “Olha lá porque é que não mostraste o vermelho?” Diz-me ele: “Expulsar o capitão do FC Porto, aos 20 minutos, nas Antas?! Deves estar maluco”. Este medo sempre me incomodou.

– Medo de Pinto da Costa e de Valentim Loureiro...

– Sem dúvida. Esses eram as principais figuras, aquelas a quem se reconhecia maior poder pelos cargos que ocupavam e os árbitros temiam-nos. O Benfica e o Sporting também tinham o seu peso, mas não como os outros dois casos.

– Tentaram comprá-lo?

– Não. Mas quando discordei publicamente da integração da arbitragem na Liga de Clubes, o director executivo, José Guilherme Aguiar, teve uma conversa comigo, muito curiosa, no seu gabinete, a 2 de Dezembro de 1996, em que contou o seguinte: quando era vice-presidente do FC Porto disse um dia ao Paulo Futre que ou cumpria as regras ou não podia jogar naquele clube. “E olhe que o Futre era a estrela da companhia”, rematou. Percebi o recado: ou me calava ou me punham à margem.

– Foi posto à margem?

– Não. Calei-me. E no ano seguinte até fui o primeiro.

– E pressões em jogos?

– Citei numa pessoa do FC Porto, conto agora um caso com alguém ligado ao Benfica. Em 87 ou 88, Porfírio Alves, do Conselho de Arbitragem, disse-me que na parte final dos campeonatos certos clubes não me queriam a arbitrar nos jogos em casa. Foi claro que se tratou de uma tentativa de me explicar que se fosse mais flexível poderia apitar mais jogos.

– Alguma vez entrou em casa de um dirigente?

– Duas vezes. Na de Adriano Pinto, onde almocei e onde não se falou por um segundo de futebol. E, a convite do sr. Pinto de Sousa, acompanhado por mais dois árbitros, na de Valentim Loureiro. Foi após um Boavista-Benfica, no final da década de oitenta, um jogo arbitrado por Carlos Valente, que o Boavista perdeu. Foi muito constrangedor. Não gostei do comportamento de Valentim Loureiro e muito menos da maneira como ele tratou as pessoas que estavam ao seu serviço, os empregados da casa.

– Como eram as com Pinto da Costa relações?

– Em 1993, no dia 28 de Dezembro, num Boavista-FC Porto, expulsei 3 jogadores do FC Porto e dois do Boavista e ainda ficou por marcar um penálti contra o FC Porto que, por estar de costas, não vi. No final, o Pinto da Costa entra na cabine dos árbitros de forma muito agreste que não me agradou. Tive que lhe lembrar que aquela era a minha cabine e, portanto, o melhor que ele tinha a fazer era sair.

– Leu o livro de Carolina?

– Não conheço a senhora nem privei com ela. Se se tratasse de um homem diria que estava ali um corno atraiçoado. Como é uma mulher, trata-se do testemunho de um coração traído.

– Foi ameaçado?

– Fui, no Estádio da Luz, em 1991, no final de um Benfica-Torreense, pelo sr. Gaspar Ramos. Em 1995 o mesmo dirigente disse aos berros que iria fazer de tudo para acabar com a minha carreira.

– De que clube recebeu mais pressões?

– Do Benfica e dos seus dirigentes. Inquestionavelmente. Estou convicto de que se mais carreira não tive foi por influência de gente do Benfica. De Gaspar Ramos a Luís Filipe Vieira, que vetou o meu nome, em 2002, para vice-presidente do Conselho de Arbitragem.

– Mas fez uma carreira longa.

– Só por duas vezes fui o melhor árbitro. Quando confrontei Pinto de Sousa, ele disse que a Associação do Porto dava cabo dele se, em dois anos consecutivos, o primeiro da lista fosse um árbitro de Lisboa.

– Qual foi o presente mais caro que já recebeu de um dirigente?

– Um serviço de porcelana da Vista Alegre, que o então presidente do Beira-Mar, Silva Vieira, mandou entregar em casa de minha mãe. Pedi-lhe que fosse levantar o embrulho porque não o queria e comuniquei o caso ao Conselho de Arbitragem. A notícia saiu num jornal, Silva Vieira resolveu insultar-me e foi responder a Tribunal. Ao fim de dez anos foi condenado e indemnizou-me. Com esse dinheiro e um bocadinho mais comprei um carro, um Citroën C 3.

– Tem apitos dourados?

– Seis. Um que recebi do Sporting, no tempo de Sousa Cintra, e os outros foram-me dados por jornais.

– E relógios?

– Cerca de 50 relógios que me foram oferecidos pelos clubes, dos mais variados valores. A minha regra para aceitar estes presentes foi sempre simples: apenas aceitava ofertas que eu pudesse comprar e só as recebia depois dos jogos. Porque muitos dirigentes apareciam antes dos jogos e no final, se a equipa perdia, esqueciam-se.

– Havia quem aceitasse ou oferecesse carros?

– Havia quem os comprasse com muitas facilidades de pagamento.

E prontos. É isto. Tá bonito tá...

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Até para o ano!

O campeonato vai parar 3 semanas. Deve ser o único país em que isso acontece. Parece-me um grande exagero. O mal é que apesar de dar para jogar num só dia, tipo na sexta ou assim, devido às televisões, a jornada portuguesa tem quer durar 4 dias. Enfim.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Norton de Matos

Norton de Matos foi despedido do Vitória.

Se fosse mas era despedido do futebol em geral é que eu achava bem!

domingo, dezembro 17, 2006

Portugal e as Putas

Putas na véspera da final da extinta Taça das Taças ganha pelo Sporting, putas em Saltilho, a puta Paula e o Secretário, pelos vistos também as Putas em Macau e agora a puta Carolina!

terça-feira, dezembro 12, 2006

...e agora?

Parece que a Carolina abriu a boca... e desta vez para fazer coisas diferentes!

Disse umas verdades, que todos sabem há muito, mas que ninguém as consegue provar.

A minha questão é? Será que para a opinião pública, entendedora do fenómeno futebolístico, o facto de haver curruptos mesmo que não provados, faz deles menos corruptos?
~
Como é que pessoas que apoiam incondicionalmente o Sr. Pinto da Costa, a seguir ficam furiosos quando alguém lhe conta um famoso conto chino? E depois dizem: Ah e tal... e a justiça é uma porcaria... pois... mas ficam todos contentes por o Pinto da Costa andar à solta. Grande lata ah...

Depois queixam-se da sociedade. Badamerda com eles.

Ao menos o Vale e Azevedo era corrupto e foi preso. Tinha era vergonha se ele continuasse à solta.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

0-0

O Boavista já marca golos, o Liedson também... Só no Benfica contínua tudo na mesma... continuam a gamar penaltis!

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Rossato... TAU!

Rossato, antigo lateral do Nacional, F.C. Porto e Sp. Braga, foi protagonista de uma cena de pancadaria com o seu companheiro Juanito no decorrer do treino da Real Sociedad desta quarta-feira. O lateral brasileiro ficou mais maltratado e vai mesmo ter de ser submetido a uma intervenção cirúrgica para corrigir o afundamento do osso malar. (fonte maisfutebol.iol.pt)

E ainda falavam do João Pinto andar à porrada nos treinos do Benfica... ao pé disto... era um anjo!

Quase

Estivemos quase lá... mas os golos ao cair do pano da 1ª parte são quase sempre fatais para quem os sofre... Foi pena... Vamos agora à UEFA!

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Benfica e Porto em grande

Jornada marcada pela excelente vitória do Benfica em Alvalade.

O Benfica teve a felicidade de marcar cedo e após meia-hora a defender, sem que contudo tenha sido vítima de um único remate à baliza, num contra-ataque sentenciou o jogo. O Paulo Bento, ao contrário do que é normal, falhou redondamente ao apostar no Romagnoli e no Bueno. Jogadores muito fracos para uma equipa daquele calibre. A juntar a fraca exibição atacante, junta-se um suposto penalti que ficou por assinalar. O Miccoli é que mesmo lesionado poderia ter aumentado a contagem num potente remate à barra.

O FCPorto ganhou o Boavista. Não vi o jogo todo mas, uma equipa que sofre um golo como o 1º não pode fazer muito. Ainda por cima quando o 2º golo também não é lá muito famoso para a defesa axadrezada. Para juntar a tudo isto o facto de o Boavista não ter atacado e de o Sr. que deu o frango ser da responsabilidade do Pacheco pois foi ele que relegou o William para o banco. Para não falar no facto de ter metido o Fary ao minuto 88. Muito fraco.